Tempo de leitura: 2 minutosEmpresários e gestores, lá vamos nós de novo pela quarta vez em menos de 12 anos enfrentar outra crise.
➤ 2008 a 2009: “A grande recessão Americana”;
➤ 2009 a 2012: “A crise da dívida Europeia”;
➤ 2015 a 2017: “Crise política Brasileira”;
➤ 2020: “Coronacrise” – esta, ainda longe de terminar e ainda não é possível mensurar seus impactos no Brasil e no Mundo.
Segundo dados do Banco Mundial, a recuperação econômica de uma nação demora entre 3 a 4 anos. Fazendo uma conta simples, podemos afirmar que no Brasil, os últimos 12 anos foram de crise, de menor ou maior impacto.
Todas as crises nos trazem duas certezas: elas vão passar e vão deixar passivos e contingências em algumas empresas.
Nesses últimos 15 anos administrando passivos, reestruturando dívidas e conduzindo projetos de turnaround de todos os tipos – tributários, empresariais e trabalhistas – conseguimos mapear as ações que devem ou não ser adotadas pelos gestores, pensando na retomada e manutenção do negócio.
Baseado nesta experiência, aqui vão algumas dicas aos empresários.
Sugerimos:
- Mantenham a calma e foquem energia no que a empresa é boa e faz de melhor. Administrar passivo não é o seu business, por isso, concentre-se em vender, produzir, comprar bem… Delegue a administração do passivo para profissionais adequados;
- Usem o momento para repensar o negócio, partindo da seguinte pergunta: “Meu negócio é viável?”;
- Tenham um plano estruturado de curto, médio e longo prazo de administração de passivo;
- Classifiquem seus passivos por risco e priorizem aqueles que apresentam maior impacto ao negócio;
- Utilizem o tempo a favor, mas não contem apenas com ele;
- Toda a estrutura do planejamento jurídico deve partir do fluxo de caixa, afinal, é ele que manda.
- Façam a lição de casa: “custo é igual unha: deve ser cortado sempre”. Até porque, em um determinado momento, será necessário encaixar no fluxo de caixa as despesas mensais, mais parte do passivo.
Não sugerimos:
- Se desesperarem e pagarem qualquer credor, apenas pela pressão exercida;
- Sair parcelando todos os débitos, sem olhar para o fluxo de caixa;
- Pararem de fazer o que vocês sabem de melhor e o que levou a empresa até onde ela está hoje, para focar energias no passivo contraído;
- Menosprezarem os impactos do passivo;
- Não contem apenas com anistias ou outras “ajudas” dos entes públicos;
- Não caiam em ofertas ou produtos milagrosos.
- Por último, mas não menos importante, busquem a ajuda de profissionais especializados. Administrar passivo, reestruturar dívidas ou conduzir com sucesso projetos de turnaround, não é igual atuar com as demandas jurídicas do dia a dia: exige competências específicas, atuação extremamente combativa e ativa, muita estratégia e bagagem com esses tipos de projetos.