1920 foi um período de mudanças significativas, tanto, que ficou conhecido como os “loucos anos 20”. A década da sociedade de consumo, da difusão em larga escala do uso de automóveis, telefones, filmes e energia elétrica, também foi marcada pela mudança de valores, pela libertação da mulher e por festas regadas a jazz e bebida alcoólica. O espírito dos Roaring Twenties era caracterizado por um sentimento geral de descontinuidade, associado com a “modernidade” e com uma ruptura com antigos paradigmas e tradições.
Pois bem.
Corta para um século adiante.
2020. Prestes a cruzar a linha de chegada à nova década de 20, vivenciamos a Economia 4.0, ou, 4 ª Revolução Industrial que novamente segue transformando fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Agora, o avanço exponencial de diversas tecnologias disruptivas potencializa suas forças transformadoras e mudam os negócios, o mercado de trabalho e a sociedade em si, sendo que o digital e o real se misturam de forma indissociável e nos possibilita experimentar novas formas de consumo, de se relacionar com produtos, serviços, e claro, com as pessoas.
E frente à toda este dinamismo, novas carreiras estão substituindo velhas atividades.
Imagine se um robô fosse capaz de vencer 160 mil contestações relacionadas a multas de trânsito? Ou ainda, se esse robô fosse capaz de executar tudo isso fazendo uso de uma capacidade de argumentação jurídica autônoma, contando também com habilidade para preencher formulários, protocolando-os nos órgãos públicos corretos – e de forma tempestiva?
Isso já existe. Chama-se DoNotPay, uma aplicação criada por Joshua Browder, um programador de 19 anos que criou um sistema de inteligência artificial após receber sua 30ª multa de trânsito nos arredores de Londres, em um período de 21 meses.
E que tal se você pudesse perguntar à uma máquina sobre questões jurídicas, assim como a um colega de trabalho e a mesma pudesse lhe fornecer respostas, reunir provas, extrair referências e responder rapidamente, de modo muito relevante e baseado em evidências, com citações e análises.
Isso também já existe. Chama-se Ross e trata-se do primeiro advogado artificialmente inteligente do mundo, que conseguiu um emprego na empresa de advocacia Baker & Hostetler, de Nova Iorque, em novembro de 2017.
O desenvolvimento destas e outras tecnologias nos força a pensar qual é o papel do advogado na Era da Informação, assim como quais recursos e conhecimentos esse profissional deve trazer ou colocar em sua bagagem.
Se por um lado a tecnologia e recursos como o Big Data, a IoT – Internet das Coisas e a realidade virtual facilitaram o trabalho dos profissionais do Direito, por outro, trouxeram consigo alguns desafios, como a necessidade de que os advogados apresentem competências ligadas a esses conhecimentos.
“Data is the new oil” é uma expressão que vem sendo muito usada no mundo dos negócios e não poderia fazer mais sentido! No entanto, existe uma diferença neste comparativo: o petróleo vai acabar um dia e os dados, não! Na verdade, a importância dos dados só tende a aumentar ao longo dos próximos anos.
Em linha com este racional, diversas tecnologias já fazem parte da rotina jurídica em empresas e escritórios de advocacia, como por exemplo:
Diante dessa avalanche de inovações na área jurídica é preciso que os advogados compreendam a necessidade de imediata atualização e capacitação, com o objetivo de se tornarem verdadeiros advogados 4.0.
Esse profissional deve conciliar sua expertise jurídica com conhecimentos aprofundados nas áreas de negócios para as quais atua e ter uma visão empreendedora, que extrapole as barreiras da jurisprudência e vá ao core de cada operação. Sua função deve ser a de propor soluções, não apenas com o olhar legislativo, mas também, com a visão administrativa, financeira, etc. Além disso, é preciso que busque conhecimentos e esteja antenado em outras disciplinas, como a ciência de dados, robótica e programação, por exemplo.
Outro ponto importante é que um advogado 4.0 deve também entender que a tecnologia traz novas demandas aos tribunais, devendo, então, buscar conhecimento em questões em voga como por exemplo, os problemas legais advindos do uso de drones (privacidade), impressões 3D (possível fabricação de armas), cibersegurança (intrusões a sistemas) e Internet das Coisas (legalidade do blockchain), dentre muitas outras.
Os desafios e oportunidades do advogado 4.0 são, portanto, diversos e muitos!
É uma questão de estar aberto à mudança e evoluir com ela. Aliás, a curiosidade, a criatividade e a abertura ao aprendizado são as habilidades essenciais para o profissional do futuro, independentemente de sua profissão, pois as pessoas com essas características não têm medo de errar e, por isso, acabam sendo mais inovadoras e produtivas.
Segundo Sofia Esteves, presidente do grupo Cia de Talentos, “A curiosidade é que irá ditar quem serão os profissionais de destaque. No futuro as máquinas serão as responsáveis pelas respostas, e nós precisaremos ser responsáveis pelas perguntas”.
Sobre o LG&P
Criado em 2009, o LG&P é um escritório de advocacia com mindset voltado para negócios que atende exclusivamente o mercado corporativo, oferecendo soluções jurídicas nas áreas do Direito Tributário, Trabalhista, Empresarial, Societário, Recuperação de Créditos, Digital e M&A, tanto no consultivo, quanto no contencioso.
Sediado em Campinas, o escritório também possui filiais nas cidades de São Paulo e Limeira, e atende clientes de todo o Brasil, nos mais diversos segmentos de mercado. Fundamentado na Jurimetria, o LG&P auxilia seus clientes na administração de suas demandas e na tomada de decisões assertivas, conseguindo assim viabilizar negócios, salvar empresas, enxergar além dos problemas, antecipar direitos e deveres, e aumentar a lucratividade de seus parceiros.
O amplo know-how e os bons resultados que o escritório vem entregando ao longo de mais de 10 anos de atuação, tem despertado cada vez mais o interesse de grandes marcas do mercado, posicionando o LG&P como o parceiro ideal para administrar os assuntos jurídicos de médias e grandes empresas, nacionais e multinacionais. Saiba mais: www.lopesgoncales.com.br
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